Programa de Novembro na Academia Problemática e Obscura

Dia 13 de Novembro
Sexta – feira às 20:00h
Ciclo das Civilizações. 
Jantar Cultural da Grécia Antiga, seguido de palestra.
Jantar – 10 € (8 € Folio Divino)

                                                                                                                                 
De 13 de Novembro a 14 de Dezembro 09
Inauguração, Sexta – feira dia 13 de Novembro às 20:00h
 Exposição de pintura, intitulada Composições, de João Mendão.
Nesta exposição o pintor apresenta um conjunto de pinturas com a Técnica Vitri sobre papel. 
                                   
João José de Paula Mendão, natural de Setúbal, nasceu a 26 de Julho de 1956. Em 2005, no mesmo lugar onde repousaram as grandes obras de João Vaz e Eloy do Amaral, o Fórum Luísa Todi, surpreendeu-nos João Mendão com uma série de trabalhos que chocaram o público. O forte impacto dessa nova técnica, deu um vigor e uma força à obra do autor invulgar, a fazer recordar uma Vieira da Silva. A inquietação nascida e fermentada no isolamento da Casa da Arrábida, onde viveu isolado durante três anos contados, devolveu-nos um Mendão mais maduro, mais espesso e repleto de dinâmica criadora. Em 2009 revisita essa fase, como se pretendesse fechar um ciclo. Uma esfera, que quando a linha do fim se casa com o ponto de início, apresenta a forma perfeita e límpida de um percurso coerente. 
Conta com 40 anos de Vida de Artística. 
Frequentou o curso de Pintura em cerâmica do IEFP, em Setúbal; de Iniciação à Pintura e Estética e temas Contemporâneos, na Sociedade Nacional de Belas Artes, em Lisboa.    
Já fez muitas exposições em Portugal continental e Ilhas. Destaca-se a Exposição Colectiva Nacional de Artes Plásticas, na Sala Man do C.C.B., em Lisboa; a Exposição no Centro Social de S. Francisco Xavier, em Setúbal; no Fórum Luísa Todi, em Setúbal e na Livraria Universo, em Setúbal. 


Dia 20 de Novembro
Sexta – feira às 21:30h
Palestra sobre João Vaz nos 150 anos do nascimento, por António Galrinho.


Palestra onde se evoca a vida e a obra de um dos maiores representantes do Naturalismo em Portugal. Enquadramento histórico-cultural, com reproduções de cerca de uma centena de quadros e desenhos do artista, sendo dado um destaque especial à cidade de Setúbal e arredores que, de forma recorrente, João Vaz visitava e pintava.
António Galrinho
Entrada Livre!



Dia 27 de Novembro
Sexta – feira às 20:00h
Ciclo das Civilizações. 
Jantar Cultural da al-Andaluz, seguido de palestra.
Jantar – 10 € (8 € Folio Divino)


Dia 28 de Novembro
Sábado às 22:00h
Apresentação a solo, do Projecto Djimi Band, Danço, logo existo, com Luís Soares.


O projecto Djimi Band baseia-se em música intensa, com muito ritmo do princípio ao fim do álbum, do concerto, da celebração, que convida a muita dança e a alguma reflexão. O conceito parte da consciência de que algo não vai bem neste mundo. O que podemos nós fazer para isso mudar? Dançar, cantar, arriscar, soltar o espírito, libertar as emoções, não para nos esquecermos de tudo à nossa volta, mas para nos lembrarmos que ainda podemos ser felizes. Entre o rock/pop e algum sabor a África, as letras estão em português e o “feeling” está em todo o lado. 
A banda é composta por 7 elementos: Djimi - voz e guitarra; Reinaldo - baixo; Ruca - bateria; Celso - Percussão; Ginja - guitarra; Sara - vozes e André - teclas.
Luís Soares

Entrada 1 €!

Programa de Outubro da Academia Problemática e Obscura

Dia 3 de Outubro
Sábado às 21:30h
Anúncio dos resultados do II Concurso de Artes Plásticas da Resarte, no Salão Nobre dos Paços do Concelho de Setúbal.
Entrada Livre!




Dia 9 de Outubro
Sexta – feira às 20:00h
Ciclo das Civilizações.
Jantar Cultural da Civilização Romana, com palestra de José Luís Neto.
Jantar – 10 € (8 € Folio Divino)




9 de Outubro a 6 de Novembro 09
e isto e aquilo, exposição de desenhos de Rute Coelho.
Inauguração 9 Outubro


Eu não escrevo, Desenho. Também não falo, a sério. Escrito isto, Desenho.
Porque penso, muito, em tudo e nada e algumas coisas, Desenho.
Tanta coisa, imagens atropelam-se. Notas soltas de projectos a desenvolver amanhã que hoje-já-não-dá-e-ai-que-se-me-acaba-o-tempo!, porque quando pensar melhor no assunto já não terá esta forma, e forma é hoje.
Imagens e linguagens a explorar agora, cruas, impaciência!, notas que um dia destes havemos de ouvir juntos tomara que em breve.
Assim, arrumei tudo na salinha da Academia Problemática e Obscura.
Rute Coelho


Rute Coelho nasce em Leiria, em 1981.
Licenciou-se em Artes Plásticas-Pintura, na faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa.
Numa luta epopeíaca sobre si própria, vive e trabalha em Lisboa.


Exposições
XIX Salão de Primavera, Galeria de Arte do Casino Estoril, Estoril.
Novos Mundos Novos - Desenho, com Sara Antunes, Galeria do Castelo de São Jorge, Lisboa.
Finalistas de Pintura da FBAUL - Desenho, Sociedade Nacional de Belas Artes (SNBA), Lisboa; Cooperativa Árvore, Porto; Salão Nobre do Teatro Aveirense, Antiga Capitania de Aveiro, Galeria dos Paços do Conselho e Livraria da Universidade de Aveiro.
Finalistas de Pintura da FBAUL - Artes Plásticas, Palácio das Galveias, Lisboa; Galeria dos Paços do Concelho, Teatro Aveirense, Universidade de Aveiro, Aveiro; Cooperativa Árvore, Porto.




Dia 10 de Outubro
Sábado das 10h ás 13h e das 14h ás 17h
Masterclass de Guitarra Flamenca Moderna, leccionado por Marco Alonso.
A Masterclass irá proporcionar uma nova perspectiva da expressão artística musical, na Guitarra Flamenca Moderna, bem como na procura de uma personalidade interpretativa na composição e improvisação.


Programa
Técnicas de Guitarra Flamenca, palos e suas harmonias básicas: picado; trémolo; alzapúa, arpegios; ligados; soleá; bulería; rumba; fandangos; taranta e progressão básica de acordes para cada palo.
Expressão Musical: estudo do som de guitarra de concerto; da personalidade interpretativa; princípios básicos de composição e improvisação no Flamenco.


As inscrições são limitadas e terá o valor de 40€.




Dia 16 de Outubro
Sexta – feira às 21:30h

Lançamento do livro, Salgalhadas na Lusolândia, de José Luís Félix.
Esta novela satírica, totalmente redigida em tom de comédia, que por vezes roça o delírio, está escrita de modo a ser perfeitamente entendida por todos os portugueses, tal o modo preciso como caricatura a nossa vida política, nacional e internacional.


E vai ser sem dúvida uma fonte de grande divertimento para o público em geral, não só pelo tratamento dado aos personagens como pela originalidade das imagens e das expressões utilizadas.
Dizem que nada é mais sério do que o humor. Essa observação tem muito de verdadeiro. Prova-se neste caso, tendo em conta o modo certeiro como José Luís nos consegue transmitir um retrato de como funciona a “Nomenklatura” ou casta dirigente do nosso país, e de como esta molda a vida de todos nós. Ao faze-lo, toca no que é sem dúvida o ponto mais sensível da vida política moderna.
Conheço José Luís há mais de trinta anos. Ele alinhou sempre incondicionalmente ao lado da maioria. Não da maioria parlamentar ou da maioria sociológica, mas sim da maioria formada pelas pessoas manipuladas e oprimidas pela “Nomenklatura”.
Esta novela satírica prova-o à saciedade.
João Machado


José Luís Felix, licenciado em economia pelo ISEG e com complemento pós graduação na Bélgica na área do desenvolvimento regional. Actividades profissionais desenvolvidas: empregado de escritório, cobrador, vendedor, criador de actividades de exportação de artesanato, delegado de propaganda médica, animador cultural, consultor de economia e gestão, pintor de azulejaria e investigador na área socio-económica. Actualmente animador e divulgador na área do turismo sustentável.
Actividades desenvolvidas voluntariamente: Promotor de ciclos cinematográficos, animador de colectividades populares, animador cultural, actor de teatro amador e animador de actividades sócio-culturais com elementos de outros países.
Actividade na área escrita – colaborador no jornal a Batalha, participante na criação da revista Utopia, autor de diversos artigos e análises sobre as áreas sociológica e económica, autor do livro de ficção "O ministro da felicidade".
Actualmente participa no arranque do programa radiofónico "Onda Livre" e prepara uma obra de ensaio sobre as comunidades alternativas bem sucedidas espalhadas pelo mundo na actualidade.
Entrada Livre!




Dia 30 de Outubro
Sexta – feira às 20:00h
Ciclo das Civilizações.
Jantar Cultural do Tempo das Cruzadas, com palestra de Regina Bronze, mestra em História Medieval.
Jantar – 10 € (8 € Folio Divino)


Dia 31 de Outubro
Sábado às 22:00h
Concerto Acústico/Jazz com Pedro Esteves.


Sempre escutei com prazer e interesse o cancioneiro popular no trabalho dos cantautores lusófonos. O entusiasmo e a curiosidade neste contexto musical levaram-me de forma intuitiva e autodidacta a fazer as primeiras composições em nome próprio, traduzindo-se hoje, no repertório a percorrer pela voz e guitarra.
Pedro Esteves
Entrada 1 €

Declaração

O património como valor estratégico e oportunidade de Setúbal

O Património Cultural constitui-se como um dos activos mais preciosos de qualquer Concelho, em especial dos que possuem percursos históricos mais antigos e cujos recursos naturais foram parcialmente exauridos com o tempo e actividades humanas. Trata-se de um activo de que cada geração, presente e futura, se deve considerar como fiel depositária e cuja amplitude transcende a esfera estritamente local. Não podemos considerar-nos donos de tudo quanto nos foi colectivamente legado e que pertence em grande medida a quem nos antecedeu, cabendo-nos a nós apenas reparti-lo com os nossos contemporâneos e com quem nos há-de suceder. Cuidar e desenvolver o Património Cultural, muito mais do que uma decorrência da lei, nacional, europeia ou universal constitui, pois, um imperativo civilizacional e de cidadania.Em mais de trinta anos de vida democrática recente deram-se passos importantes para que o Património Cultural português começasse a adquirir na sociedade o lugar central, progressivo e moderno que lhe compete. Libertámo-nos de fantasmas; somos unânimes na consideração de que as políticas de Património Cultural constituem o desígnio central do Estado e das Autarquias na área da Cultura.

Em consequência organizaram-se departamentos específicos da Administração central e local, promoveram-se cursos para formar técnicos especializados, criaram-se

associações profissionais e cívicas… e no entanto o Património Cultural português continua em grande parte abandonado, em acelerada degradação, sem ter ocupado a centralidade que requer nas políticas do Estado e na sociedade em geral.

Mais recentemente, a perda de horizonte político estratégico e a desqualificação operacional e técnica dos serviços do Estado na área do património atingiu extremos inimagináveis. Corre-se o risco de regressão significativa e irremediável. Sucedem-se as denúncias de escândalos relacionados com a destruição de bens patrimoniais e a paralisia de serviços, pelo que cabe às autarquias um papel determinante na salvaguarda deste recurso.

Neste quadro político e social, os cidadãos subscritores da presente Declaração sentem que é chegada a hora de constituir uma plataforma no sentido de facilitar a análise conjunta de todas as problemáticas patrimoniais, que até aqui vinham estudando sectorialmente.

Partindo do diagnóstico e denúncia da situação actual, sempre que justificado, a plataforma ora criada visa sobretudo abrir a via de uma alternativa de esperança no futuro, constituindo-se desde já como um fórum de reflexão e de proposição de medidas, habilitando os restantes agentes sociais, nomeadamente os partidos e o Executivo local, a melhor exercerem as suas competências próprias e visando sobretudo, em última instância, a adopção da uma linha estratégica de desenvolvimento de Setúbal, tirando o devido partido do Património Cultural local.

Para alcançar os objectivos indicados a plataforma irá desenvolver um programa variado de iniciativas, que passam pela elaboração de estudos sectoriais de diagnóstico aprofundado da situação actual e pela organização de conferências e debates onde a ideia de força O Património como valor estratégico e oportunidade local, constituirá o mote federador.

Insistimos no nosso ponto de que o direito ao Património Cultural constitui não somente uma obrigação constitucional e legal, mas representa sobretudo um direito societário de novo tipo, tão importante como o do acesso à informação. Importa passar das palavras aos actos, dar conteúdo efectivo aos amplos consensos políticos existentes neste domínio e, de uma vez por todas, fazer do património um desígnio comum, assumido colectivamente pelo Estado e pelos cidadãos, individualmente considerados e também livremente organizados através de um movimento associativo forte e esclarecido, como é próprio de qualquer sociedade desenvolvida.

Para que o Património Cultural possa constituir a oportunidade de futuro, o desígnio local que reivindicamos, torna-se necessário prosseguir articuladamente as seguintes linhas estratégicas:

1. Promover o desenvolvimento de uma sociedade civil forte e esclarecida, verdadeiramente capaz de inspirar as políticas do Estado e dos agentes económicos e

sociais. Neste sentido é antes do mais desejável repensar e fortalecer as bases do contrato social estabelecido eleitoralmente, o que passa por quatro planos sucessivos de actuação:

a) A exigência que as propostas contidas em programas eleitorais contemplem medidas substantivas a tomar na área do Património Cultural;

b) A dotação do município com as capacidades técnicas e legais de efectiva fiscalização das acções neste sector;

c) Fazer com que se torne uma realidade a auscultação de todos os órgãos de consulta independentes e representativos, cuja existência, funcionamento regular e capacidade real de influência constitui uma das principais garantias do exercício da cidadania, especialmente em sociedades democráticas avançadas, como se pretende ser a nossa;

d) Promoção da competência técnica na autarquia nas áreas que tutelam o Património Cultural. O facto de se encarar a Cultura como um sector marginal e pouco preponderante na governação, tem tido consequências na capacidade de intervenção operacional. A Cultura, e o Património em especial, devem merecer por parte do Estado uma atenção mais cuidada e criteriosa, nomeadamente, na constituição das equipas responsáveis, pois destas depende em muito a definição e promoção das políticas públicas, nesta área tão sensível e especializada. Só apostando na excelência e catapultando a Cultura para a vanguarda das políticas locais, se poderão evitar erros que muitas vezes assumem um carácter irreversível;

2) Promover a qualificação profissional na execução das políticas patrimoniais, o que supõe designadamente:

a) O apoio aos curricula académicos e estágios práticos visando formação adequada ao exercício profissional das competências inerentes à execução das políticas patrimoniais existentes na região;

b) A substituição da lógica das empresas e mercantilização do Património Cultural, substituindo-a pelo apoio à criação e manutenção de ONG’s regionais com funções operativas;

c) A renovação dos quadros de pessoal da administração pública tanto técnicos como com funções de suporte (essenciais para um funcionamento eficaz dos organismos públicos), acorrendo ao perigo eminente de ruptura de serviços, que se vêm já hoje impossibilitados do exercício das funções de gestão e fiscalização que competem ao Estado e começam a colocar em risco a preservação efectiva dos bens patrimoniais sob sua gestão directa seja no sector dos museus, seja no sector do património arquitectónico e arqueológico;

3) Promover a transversalidade entre os vários sectores da autarquia, criando uma dinâmica que possa responder às actuais apetências de um público que, apesar de tudo, participa cada vez mais em determinadas manifestações de índole cultural. Refira-se, como exemplo o diálogo que poderá existir entre o património, museologia e criação contemporânea, tanto no domínio das artes plásticas como no das artes performativas;

4) Constituir os mecanismos que permitam o estabelecimento, com a adequada participação da sociedade civil, de uma efectiva política para o património cultural, dotada de suficientes meios financeiros, tendo especialmente em atenção os sectores da Cultura, da Educação, do Ambiente, do Urbanismo e do Ordenamento do Território e do Turismo;

5) É especialmente urgente proceder, no mais curto prazo, a uma reconfiguração do organigrama institucional municipal:

a) Definir um modelo coerente de gestão do Património Cultural local que possa garantir a sua efectiva salvaguarda, delimitando com rigor e bom senso as competências locais, tendo sempre presente a salvaguarda da capacidade interventiva, como garante último da perenidade de bens que, pela sua natureza, não constituem propriedade plena de nenhuma geração ou grupo particular;

b) Em concreto, reorganizar a orgânica a política na área do Património Cultural dotando-a de um esquema operacional agilizado e de circuitos de decisão claros, sem sobreposições de competências;

c) Assegurar o desenvolvimento de políticas de salvaguarda do Património Cultural integradas, incluindo os bens imóveis, móveis e imateriais;

d) Reforçar significativamente a dotação financeira no sector do Património Cultural;

e) Manter e reforçar as competências operacionais específicas desse sector, quer quanto a domínios técnicos de especialidade, quer quanto à actuação no território;

f) Zelar pela salvaguarda dos fundos documentais do organismo, como sejam os arquivos e bibliotecas de especialidade, garantindo a sua efectiva disponibilização pública;

g) Promover uma política inequívoca para o Inventário do Património Cultural de forma a garantir a continuidade e especificidade de sistemas e garantir simultaneamente uma eficaz e indispensável inter-operacionalidade entre os mesmos;

h) Incentivar a criação e integração em rede das bases de dados e sistemas de informação actualmente existentes, negociando protocolos que potenciem economias de escala no plano do recurso às infra-estruturas de telecomunicações;

i) Apoiar uma política de difusão cultural nomeadamente através da manutenção ou reformulação, mas nunca extinção, de publicações monográficas e periódicas, em certos casos já existentes;

6) Finalmente, é especialmente urgente proceder às reivindicações junto do Estado Central e outras instituições, responsabilizando-as pelos efeitos nocivos da sua acção junto do Património Cultural, no mais curto prazo, procurando que, através do diálogo se propiciem soluções para:

a) Propugnar pela musealização da feitoria fenícia de Abul, com acessos e sinalização clara;

b) Propugnar pela abertura ao público da cidade romana de Tróia, bem como pela construção do prometido museu monográfico de um dos mais importantes arqueosítios da Península Ibérica;

c) Exigir ao Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional, a recuperação da villa romana da Comenda e da fortaleza de São Filipe, que se encontram em claro risco de derrocada, de acordo com a alínea i do artigo 2.º do POPNA (Resolução do Concelho de Ministros 141/2005, publicado no DR de 23 de Agosto);

d) Instar, junto da Reserva do Estuário do Sado, para a manutenção da abertura e usufruto público do Moinho de Maré da Mourisca;

e) Instar, junto do Ministério da Cultura, para a continuidade das obras na reabilitação do Convento de Jesus e reinstalação do Museu de Setúbal no mesmo;

f) Exigir à tutela a transferência de posse do Convento de S. Francisco para o município, de modo a aí serem instaladas valências culturais concretas, com índice de construção 0, para aí instalar o verdadeiro centro cultural há muito reivindicado para Setúbal;

g) Instar, junto da AMDS, pela reabilitação do Convento de S. Paulo e Santa Maria de Alferrara, de modo a albergarem funções de reconhecida utilidade pública, tais como ensino, culturais, patrimoniais e outras, a serem definidas em amplo debate público;

Ao apresentarmos publicamente a nossa iniciativa, pretendemos passar das palavras aos actos, tomando sobre nós uma parte da responsabilidade que reivindicamos para a sociedade civil em matéria da definição das políticas patrimoniais. Fazemo-lo numa óptica construtiva, de quem pretende constituir parte da solução. Neste sentido, o elenco de medidas acima indicadas representa apenas um primeiro contributo para o efeito desejado, devendo ser corrigido ou aprofundado em consequência da discussão ampla e pública que entendemos dever existir em domínio no qual todos nos sentimos colectivamente comprometidos.

Acima de tudo desejaríamos mobilizar todos, cidadãos e associações cívicas, especialistas e associações científicas ou profissionais, serviços públicos e empresas privadas, representantes eleitos pelo povo e políticos com funções governativas, para um amplo movimento de reflexão e debate que tenha por mote o princípio que nos anima: O património como valor estratégico e oportunidade de Setúbal.

Assinam,

Prima Folia – Cooperativa Cultural;

Associação dos Cidadãos pela Arrábida e Estuário do Sado (ACPAES);

Associação Cultural para o Estudo da Arquitectura, Urbanismo e Património Edificado (ACEAUP)

Associação Cívica Vidas Alternativas;