Projecto "Resarte" Rede de expositores de Setúbal

Manifesto
O Distrito de Setúbal apresenta um expressivo número de alunos, superior à média nacional, que ingressam na área de Artes. Várias serão as explicações sociológicas que podemos encontrar, como a violência social latente, as desigualdades sociais marcantes, o que leva à necessidade de expressão e testemunho, ou ao simples facto de, através da arte, existir um estatuto socialmente apetecível.
Independentemente das causas essenciais que possam explicar o referido fenómeno, interessa-nos, antes, verificar que os cursos superiores destinados às artes são quase inexistentes na Margem Sul, o que obriga os alunos do ensino secundário a desistir desta área ou a terem de se deslocar para Lisboa, Caldas da Rainha e/ou Porto, de modo a poderem evoluir. Se no primeiro caso a perda é evidente, no segundo ela também existe, uma vez que as dinâmicas e mercado de arte nos locais para onde os estudantes migram, são muitíssimo mais atractivas. Deste modo, independentemente do orgulho regionalista que possam suscitar alguns casos de sucesso, não se pode esconder o simples facto de se estar a desperdiçar todo o investimento local em formação, que é sempre capitalizado por outras regiões. Setúbal, como capital de Distrito, deverá desenvolver, com os meios disponíveis, uma política de desenvolvimento do mercado das artes como forma de dinamização cultural e criação de uma vivência urbana tendencialmente cosmopolita.
A Rede de Expositores de Setúbal – RESARTE é constituída por instituições públicas e privadas que ensinam, expõem com carácter regular e promovem artes plásticas e outras, no Concelho de Setúbal. A sua cooperação em rede visa uma maior eficácia na produção, promoção e divulgação das mesmas.
A RESARTE funciona em regime totalmente voluntário, uma parceria informal, com vista ao mútuo benefício das partes e da persecução dos objectivos anteriormente descritos. O 1.º Concurso de Arte, promovido pela RESARTE, visa constituir-se como primeiro passo numa estratégia global de reinvenção do actual panorama.

Reagendamento: Quinta-Feira 14 de Agosto ás 20h

Jantar Cultural do Ciclo Padre António Vieira e o futuro da Lusofonia, com António Marques Bessa.

Último jantar do Ciclo da Lusofonia. É com enorme prazer que contaremos com António Marques Bessa, nascido em 1949. É Professor Catedrático do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas – Universidade Técnica de Lisboa com agregação e foi conferencista habitual do ex-ISNG nas matérias de Geopolítica e Estratégia. Dos seus trabalhos destacam-se “Ensaio sobre o Fim da nossa Idade” (Templo), “Introdução à Etologia” (Templo), “Quem Governa?” (ISCSP), “O Trabalho das Ideias” (ISCSP), “Arte de Governar” (ISCSP), “O Olhar de Leviathan” (ISCSP), “Utopia – Uma engenharia dos sonhos” (Europa-América), “Introdução à Política” (Verbo) com Jaime Nogueira Pinto e “Dicionario Politico para Occidente” (Vassallo de Mumbert) com J. Vargas. Atenda-se ao seguinte extracto de uma sua recente entrevista:

Que impacto para Portugal se o Tratado de Lisboa entrar em vigor?
A classe política portuguesa tem conduzido este processo sozinha, no isolamento e no secretismo. Parece que têm medo do povo. E com razão. O povo, em Portugal, costuma corrigir os desvarios da sua classe dirigente. O melhor é fazer tábua rasa do povo e depois elogiar muito as decisões populares, ou seja, dos representantes de ninguém. Os impactos só se podem ver no futuro mas para um país de dez milhões de pessoas, sem recursos, descapitalizado, sem alimentos, que poderemos esperar? O governo do estrangeiro. Os britânicos vivem o seu complexo de ilha coroada, de ilha imperial, não estão dispostos a agachar-se.
Faz então sentido a denúncia de Nigel Farage sobre o totalitarismo “à soviética” da União Europeia?
Eu denunciei já há muito tempo a formação de uma classe política de eurocratas. É o começo da consolidação de uma nomenclatura de funcionários bem pagos que nada querem saber dos cidadãos. A cidadania diminuirá e os privilégios da nomenclatura aumentarão. O esquema europeu baseado em altos e médios funcionários não vai a lado nenhum. A não ser ao marasmo, para onde já se inclina. Não basta ser entusiasticamente europeu. É preciso saber onde termina a Europa e quem é que lhe vai dar estrutura, ou seja, coluna vertebral. Porque ainda lhe falta muito para a ter. Os povos continuam a responder pelas suas identidades de modo que não há nacionalismo europeu, a não o ser o sentimento europeu muito presente no pessoal político, a quem o assunto interessa.

Inscreve-te já!
Jantar: 10 folias / 8 folias para folios divinos
tlm:963883143 primafolia@gmail.com

Programa Cultural de Agosto

Dia 6, quarta-feira, às 21:30 horas – Triologia Qatsi de Godfrey Reggio, com Naqoyqatsi, de 2002, com a duração de 89 minutos.

Sinopse: Tudo o que é bom tem de ter um fim, pelo que Naqoyqatsi, que significa a Vida como Guerra, fecha esta trilogia. Partindo da vida quotidiana, somos levados numa espiral que nos obriga a reflectir sobre as alterações de um mundo organizado segundo princípios naturais para este outro, determinado pela tecnologia, pelo sintético e pelo visual. Extremo, da intimidade ao espectacular, da tragédia à esperança, este último filme qatsi é uma experiência física e emocionalmente intensa.

Dia 7, quinta-feira, às 21:30 horas Debate sobre a cultura em Setúbal, entre Tiago Apolinário Baltazar e Carlos Tavares da Silva.

Um artigo intitulado “O deserto cultural”, da autoria de Tiago Baltazar, iniciou uma recente polémica na cidade de Setúbal. O autor, estudante de Filosofia, defendeu que a produção e promoção cultural existente era de qualidade menor, motivada apenas por objectivos eleitoralistas, estilo “pop chunga”. A resposta não tardou, através de um texto escrito por Paulo Anjos, categorizando Baltazar como um ignorante, pois afirma-o desconhecedor do que se fez e faz, para além de demagogo, pois advinha-lhe objectivos político-partidários obscuros. Seja como for, deu-se início a uma discussão importante sobre a política cultural existente em Setúbal e que política cultural deve vir a existir. Neste debate cruzar-se-ão estas duas leituras, uma de Tiago Baltazar e a outra de Carlos Tavares da Silva, personalidade essencial da Cultura sadina e fundador do MAEDS.

Dia 8, sexta-feira, às 20:00 horas
– Jantar Cultural do Ciclo Padre António Vieira e o futuro da Lusofonia, com António Marques Bessa.

Último jantar do Ciclo da Lusofonia. É com enorme prazer que contaremos com António Marques Bessa, nascido em 1949. É Professor Catedrático do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas – Universidade Técnica de Lisboa com agregação e foi conferencista habitual do ex-ISNG nas matérias de Geopolítica e Estratégia. Dos seus trabalhos destacam-se “Ensaio sobre o Fim da nossa Idade” (Templo), “Introdução à Etologia” (Templo), “Quem Governa?” (ISCSP), “O Trabalho das Ideias” (ISCSP), “Arte de Governar” (ISCSP), “O Olhar de Leviathan” (ISCSP), “Utopia – Uma engenharia dos sonhos” (Europa-América), “Introdução à Política” (Verbo) com Jaime Nogueira Pinto e “Dicionario Politico para Occidente” (Vassallo de Mumbert) com J. Vargas. Atenda-se ao seguinte extracto de uma sua recente entrevista:

Que impacto para Portugal se o Tratado de Lisboa entrar em vigor?
A classe política portuguesa tem conduzido este processo sozinha, no isolamento e no secretismo. Parece que têm medo do povo. E com razão. O povo, em Portugal, costuma corrigir os desvarios da sua classe dirigente. O melhor é fazer tábua rasa do povo e depois elogiar muito as decisões populares, ou seja, dos representantes de ninguém. Os impactos só se podem ver no futuro mas para um país de dez milhões de pessoas, sem recursos, descapitalizado, sem alimentos, que poderemos esperar? O governo do estrangeiro. Os britânicos vivem o seu complexo de ilha coroada, de ilha imperial, não estão dispostos a agachar-se.
Faz então sentido a denúncia de Nigel Farage sobre o totalitarismo “à soviética” da União Europeia?
Eu denunciei já há muito tempo a formação de uma classe política de eurocratas. É o começo da consolidação de uma nomenclatura de funcionários bem pagos que nada querem saber dos cidadãos. A cidadania diminuirá e os privilégios da nomenclatura aumentarão. O esquema europeu baseado em altos e médios funcionários não vai a lado nenhum. A não ser ao marasmo, para onde já se inclina. Não basta ser entusiasticamente europeu. É preciso saber onde termina a Europa e quem é que lhe vai dar estrutura, ou seja, coluna vertebral. Porque ainda lhe falta muito para a ter. Os povos continuam a responder pelas suas identidades de modo que não há nacionalismo europeu, a não o ser o sentimento europeu muito presente no pessoal político, a quem o assunto interessa.

Dia 22, sexta-feira, às 20:00 horas – Jantar Cultural – em processo de confirmação.

Dia 25, segunda-feira, às 22:00 horas – Ciclo ilustrado sobre a problemática do teatro nos Séculos XVI – XVIII – No âmbito do Festival de Teatro de Setúbal, em associação com o Teatro Estúdio Fonte Nova.
Discussão em torno das problemáticas teatrais: o teatro na época de William Shakespeare.

Dia 26, terça-feira, às 22:00 horas – Ciclo ilustrado sobre a problemática do teatro nos Séculos XVI – XVIII – No âmbito do Festival de Teatro de Setúbal, em associação com o Teatro Estúdio Fonte Nova.

Discussão em torno das problemáticas teatrais: o autor no teatro inglês na Londres do Século XVII.

Dia 1/9, segunda-feira, às 22:00 horas
– Ciclo ilustrado sobre a problemática do teatro nos Séculos XVI – XVIII – No âmbito do Festival de Teatro de Setúbal, em associação com o Teatro Estúdio Fonte Nova.
Discussão em torno das problemáticas teatrais: o actor no teatro inglês na Londres do Século XVII.

Dia 2/9, terça-feira, às 22:00 horas – Ciclo ilustrado sobre a problemática do teatro nos Séculos XVI – XVIII – No âmbito do Festival de Teatro de Setúbal, em associação com o Teatro Estúdio Fonte Nova.

Discussão em torno das problemáticas teatrais: o autor no teatro Europa Continental no Século XVII.