Inauguração amanhã quinta-feira

A partir da 21h30m, inaugura a exposição "Rostos" Urbanos", na Academia Problemática e Obscura. Ver aqui.

Aparece e traz outro amigo também!

Cancelado "Pedimos desculpa, anunciaremos brevemente a nova data!"

Jantar do Ciclo das Ordens Militares –

Ordem de Santiago, com Cristina Alves e Carlos Russo dos Santos


Último jantar dedicado à Ordem de Santiago e Espada, onde se tentará explicar, através de uma abordagem sócio-económica, o poder e a autonomia desta Ordem religiosa e militar. Seguir-se-ão as conclusões sobre o seu papel, influência na cultura portuguesa e permanência no imaginário literário português.

(Cavaleiro de Santiago, de Diego Velázquez, Pormenor “Las meninas”, 1656)

Vislumbres do Futuro...


Na Academia Problemática e Obscura, vai ter lugar um ciclo dedicado à Guerra Civil Espanhola no próximo mês de Junho, com apresentações, debates, cinema, documentário e música ao vivo. A ver no Programa da Prima Folia de Junho.






No dia 4 de Julho concerto de Azevedo Silva, que faz a apresentação em Setúbal do seu novo trabalho "Autista", podes viajar aqui com algumas músicas. (clica)

Fotos "Cidadania e Ambiente" 16/05/08










(fotos de Patrícia Coelho & Leonardo Silva)

Fotos "O arquitecto e a cidade" 15/05/08










(fotos de Leonardo Silva)

Exposição "Rostos Urbanos" dia 29 de Maio (Quinta-feira)

A partir de diferentes técnicas, esta exposição permite procurar a singularidade de rostos culturais e urbanos no Bairro da Bela Vista que demarcam olhares urbanos. Os diferentes movimentos do olhar interrogativo abrem caminho na opacidade de uma paisagem cultural/social que não se deixa ver, mas apenas prever.

Com percepções de mundo diferentes, cada um destas personagens urbanas têm uma história, uma visão de realidade. E essas múltiplas visões daquilo que chamamos de real vêm questionar o espectador nesta série de trabalhos realizados pelos próprios retractados que têm no ambiente urbano um de seus principais pontos de partida.

Estamos perante uma série de trabalhos que tratam de figuras urbanas de diversas formas. O foco está nas pessoas, que surgem de diversos olhares, com a aplicação de várias técnicas, mantendo a coerência do uso da matéria como recurso para atingir os mais variados efeitos.

Nesse sentido, é paradigmático o trabalho em que, num retalho de madeira num bloco de gesso ou mesmo numa tapeçaria de serrapilheira, temos apenas o esboço das silhuetas. Ela indica o início de uma jornada que inclui a intensa pesquisa com diversos materiais. Surgem, assim, rostos cobertos de cor e que nos convidam a uma observação mais distante e trabalhos com bastante matéria que exigem uma contemplação mais próxima para ver as texturas que foram alcançadas.

Sem detalhes nos rostos, são o retracto do caminhar pelo Bairro da Bela Vista. Pouco importa se são negros, brancos ou de uma diferente etnia. São, acima de tudo, silhuetas urbanas.
Os títulos de cada trabalho não são necessários. Seriam limitadores perante a amplitude mental de cada criação.
Com pouco conhecimento técnico, os Jovens do Triângulo usaram e abusaram de diferentes técnicas com muito sentimento, os Rostos Urbanos representados conquistam, fascinam e encantam, porque nos fazem pensar sobre o que é um bairro, uma cidade, um país, um mundo, como as pessoas vivem nela e como isso pode ser levado para as Artes Plásticas.

Cidadania e Ambiente



Dia 16, às 20:00 horas – Jantar vegetariano, seguido de debate com João Bárbara

Sendo um dos temas mais prementes e urgentes no mundo global, devemos fazer uma reflexão sobre os comportamentos de cidadania e ambiente, causa humanista radical, determinante para o desenvolvimento económico planetário. O ambiente tornou-se, através da maior consciencialização das sociedades, no grande repto do presente e do futuro.

Jantar – 5 € (Folium Divinum – 4,5 €), Aceitam-se inscrições, TLM: 963883143

O arquitecto e a cidade

Pelourinho da Cidade Velha - Cabo Verde


Dia 15, às 21:30 horasPassagem do documentário “O arquitecto e a Cidade”, com Luís Paixão (arquitecto e docente) e José Luís Neto (arqueólogo e docente).

Partindo do documentário sobre o projecto de recuperação da Cidade Velha, em Cabo Verde, coordenado por Siza Vieira, com o objectivo de elevar o primeiro estabelecimento urbano português sub-saariano à categoria de património da Humanidade, seguir-se-á uma discusão sobre a natureza do conceito de património e do seu significado no mundo contemporâneo

Fotos do 1º Encontro sobre a Região da Arrábida e Estuário do Sado













(fotos de Leonardo silva e Daniel Correia)

1º Encontro sobre a Região da Arrábida e Estuário do Sado


(foto de Daniel Correia)
Realizou-se no passado sábado, dia 10 de Maio, no Convento dos

Capuchinhos da Arrábida, em Setúbal, o 1º Encontro da Região da
Arrábida e Estuário do Sado, subordinado ao tema Desenvolvimento
Sustentado: Utopia ou Imperativo?, organizado pela Associação dos
Cidadãos pela Arrábida e Estuário do Sado e patrocinado pela Fundação
Oriente, Câmara Municipal de Setúbal e Festróia.

Perante um auditório muito participado, tiveram lugar dois painéis
onde intervieram figuras do meio académico e científico, com abundante
obra publicada sobre a matéria.
Antes do 1º painel, Carlos Sargedas, apresentou várias fotografias do
seu livro Vertigem Azul, alguns dos temas salientados nesta
apresentação são as diferenças geológicas entre a Arriba Fóssil da
Costa da Caparica, atravessando os Planaltos e grandes falésias do
Cabo Espichel, passando pela "grandiosa" Serra da Arrábida e Serra do
Risco até à Península de Tróia acabando nos Pântanos do Estuário do
Sado.
Assim e durante a manhã evoluiu o 1º painel constituído pelos
Arquitecto Gonçalo Ribeiro Telles, fundador do PPM, ex-ministro,
criador do Corredor Verde de Lisboa, Dr. Miguel Magalhães Ramalho,
geólogo, fundador do Partido da Terra e o Dr. Antunes Dias, biólogo e
ex-Director da Reserva Natural do Estuário do Sado e ex-director da
Reserva do Estuário do Tejo e uma das pessoas que mais investigou a
ecologia das zonas húmidas e a vida estuarina. Durante a tarde, um 2º
painel constituído pelo Eng. Delgado Domingos, professor do IST, Rui
Berkmeyer, engenheiro do ambiente e membro da Quercus e Duarte
Machado, ex-vereador do Turismo e assessor da CMS.

O Arquitecto Gonçalo Ribeiro Telles na sua intervenção lamentou o
abandono do espaço rural e das aldeias e a concomitante destruição da
agricultura, substituída, em muitos casos, pelo pseudoturismo dos
campos de golfe e dos PIN e criticou a prevalência dos critérios
economicistas e do lucro imediato sobre os da sustentabilidade.
O Dr. Miguel Ramalho colocou reservas relativamente à sobrevivência
das áreas protegidas e chamou a atenção para a necessidade da
preservação da envolvente das mesmas, já que, na sua opinião, estas
não podem funcionar como "ilhas" ou como "museus" da natureza. A falta
da celeridade na justiça foi outro tópico que sublinhou, porque,
disse, ainda a propósito das áreas protegidas, muitas vezes os
prevaricadores saem beneficiados e os cumpridores penalizados.

Na sua intervenção, abundantemente ilustrada, o Dr. Antunes Dias
realçou a riquíssima biodiversidade do estuário do Sado e a sua
importância como "nursery" de juvenis de muitas espécies piscícolas e
mostrou como a delapidação destes habitats têm influído negativamente
nas pescas, já que nos últimos anos as capturas diminuíram para um
quinto relativamente há duas décadas atrás.

O Professor Delgado Domingos realçou o papel da ciência e da
investigação científica e tecnológica no desenvolvimento sustentado e
criticou aqueles que a colocam ao serviço de interesses egoístas,
aludindo concretamente à Comissão Científica Independente de
Acompanhamento da Co-Incineração de Resíduos Industriais Perigosos
(RIP) na cimenteira Secil (na vizinhança do convento).

Foi precisamente sobre a problemática da reciclagem dos RIP,
nomeadamente nos CIRVER, que versou a intervenção de Rui Berkmeyer,
tendo concluído que as quantidades finais de "resíduos de resíduos"
eventualmente destinadas à co-incineração nas cimenteiras são pequenas
e, desse modo, destituídas de interesse económico. O ecologista
explicou ainda os motivos que levaram a Quercus a abandonar a Comissão
de Acompanhamento da Co-Incineração, motivado pelo comportamento pouco
ético da empresa.

Duarte Machado descreveu aquilo que considera o "grau zero" do turismo
em Setúbal, referindo-se aos empreendimentos PIN da costa de Grândola
como "especulação imobiliária" e chamou a atenção para a segmentação
do mercado turístico, para além do "sol e mar", como são os do turismo
da natureza, do património e do ambiente.

Finalmente, coube a João Bárbara, vice-presidente da associação, fazer
a síntese e encerrar o encontro. Para este dirigente associativo a
região da Arrábida e do Estuário do Sado encontra-se numa
encruzilhada, entendendo que é necessário parar para reflectir: "não é
sustentável ambiental e economicamente continuar a permitir que uma
região tão bela, com uma natureza e uma biodiversidade tão ricas,
continue a ser delapidada por um industrialismo obsoleto que depreda
recursos naturais tão preciosos e afecta negativamente a qualidade de
vida dos seus naturais, é portanto, imperativo mudar de paradigma
económico que tenha como alavancas o estuário e o mar, já que Portugal
tem a maior área de exclusão marítima da Europa", disse.


Nota – Dada a ausência da comunicação social, certamente por
esquecimento ou por dificuldade de agenda, tomamos a liberdade de vos
enviar esta síntese para eventual publicação. O Desenvolvimento
Sustentado e a defesa dos valores ambientais também dependem da
capacidade reflectiva e interventiva dos cidadãos e estas da sua
educação ambiental. Concordarão que isso não é possível sem o concurso
de uma imprensa atenta e de qualidade.